segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

"No começo, Liesel não conseguiu dizer nada. Talvez fosse a súbita turbulência do amor que sentiu por ele. Ou será que sempre o tinha amado? Era provável. Impedida como estava de falar, desejou que ele a beijasse. Quis que ele arrastasse sua mão e a puxasse para si. Não importava onde a beijasse. Na boca, no pescoço, na face. Sua pele estava vazia para o beijo, esperando."
A menina que roubava livros

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Caio F. Abreu

"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais - por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia – qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!"

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Incerto


Odeio a forma como me atraio pelo incerto, pelo duvidoso, pelo talvez. Preciso mudar alguma coisa, não necessariamente isso, até porque a adrenalina de fazer o incerto se tornar certo é bom, mas preciso mudar qualquer coisa que faça essa atração diminuir, e que diminua só um pouco.
Mal vejo a hora da minha rotina voltar, já não tô mais aguentando ficar de férias, à toa. E isso soa engraçado, porque quando estou atarefada com minha rotina imploro pelas férias, e quando estou de férias fico cotando os dias pra tal rotina voltar. Vai entender. Mas creio que isso acontece com a maioria das pessoas, pelo menos espero.
Estou muito satisfeita com a presença da Chris Amag aqui no blog, mostrando seu interesse pelo o que escrevo, assim da uma motivação pra escrever, mesmo em dias assim, sem o que falar. Acho que por hoje é isso, boa tarde.

Que as disficuldades que eu experimentar ao longo da jornada não me roubem a capacidade de encanto.
Ana Jácomo

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

pensamentos, pensamentos, pensamentos.

Estava com saudade de escrever aqui. Escrever, escrever o que me vem à cabeça. Escrever pra tirar essas palavras de dentro de mim. Escrever para conseguir me entender. Mas isso não é tão fácil, não é? Ando lendo bastante livros, alguns dos livros da minha lista para 2011, ando me encantando bastante por alguns desses livros, e me surpreendendo. Mas tem pensamentos que não mudam nunca, continuo com eles na cabeça, espero o momento que eles vão dizer 'tchau' e enfim irão seguir. Pensando um pouco antes de dormir e percebi que rejeito a esperança, estava conversando com uma colega e ela disse 'ah, usa verde, verde é esperança' logo eu fiz questão de não usar verde, pra quê esperança? A esperança muitas vezes só atrapalha, você se enche de esperanças e quando chega a hora, o que você tanto esperava não da certo, e devido a esperança você fica chateado, triste, magoado. Deixa a esperança guardada para momentos de menos sofrimento, menos urgência e gravidade e a use apenas em momentos bobos, leves.
Hoje é aniversário de uma amiga muito querida, peço à Deus pra que Ele a abençoe em todos os momentos de sua vida, que dê muita sabedoria, saúde, paz, amor. Saudade enorme, feliz aniversário Princess (L)


'Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.'
Lya Luft

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Trecho de livro

"- ... A vida em grande parte é feita de quases, de incompletos.
 - Como a lua - eu disse.
 - Isso mesmo. A lua é inteira o tempo todo, mas nem sempre conseguimos ver tudo. O que vemos é uma quase lua, uma lua incompleta. O resto está só escondido, e só existe uma lua, então continuamos seguindo seu progresso no céu. Planejamos nossa vida baseados em seus ritmos, em suas marés. 
 - Sei. "
Quase Noite - Alice Sebold   

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Caio Fernando Abreu

"...nossas tentativas frequentemente tão inábeis, mas também tão sinceras de acertar, de fazer as coisas do melhor jeito."